sábado, 2 de maio de 2015



Dia das Mães

"Eis aí tua mãe."
                                                                        João 19:25-27
(no final, a história do Dia das Mães)
Introdução       
           A cruz do Calvário é o lugar onde podemos descarregar todas as nossas ansiedades e preocupações, todos os pecados, todas as aflições. A cruz é a maior prova do amor e do cuidado de Deus por nós, pois ali temos ajuda. Justamente na cruz, o Senhor Jesus nos mostra o quanto está preocupado connosco também a nível familiar com o exemplo que deixou em relação à Sua própria mãe terrena, Maria.
                 
Propósito: Todas as pessoas estão debaixo dos cuidados e do amor de Jesus, em especial as mães.

I. O amor para com as nossas mães em todas as situações
            Estamos no dia da crucificação de Jesus. Até mesmo no meio do Seu próprio sofrimento, quando estava pendurado na cruz, em sacrifício vivo, vicário, em grande sofrimento e dor por causa do pecado do homem, o Senhor Jesus preocupou-Se com a Sua mãe e com um dos Seus discípulos. Que maravilhoso exemplo do amor e do cuidado de Deus!

                Não sabemos a idade de Maria por esta época. Provavelmente já estaria sem marido, devia ter, pelo menos, uns 50 anos, numa época em que as mulheres tinham uma baixa expectativa de vida. Não havia qualquer sistema de previdência, senão o cuidado no interior da família. E mesmo aí, como nos dias de hoje, nem tudo corria bem.
                    Maria testemunhou a crucificação do pé da cruz. Poderemos imaginar como ela se deve ter sentido? 
Jesus está na cruz, tendo o peso dos pecados do mundo inteiro nos Seus ombros, mas Ele ainda olha para baixo para Se certificar da protecção e amparo para a Sua mãe depois de partir.
                    
                    Como Deus, Jesus está a lidar com questões eternas, mas como um Homem, Ele está a mostrar a todos nós como é importante hoje cuidar e amar as nossas mães!
 
                Naquela hora difícil para Maria, vendo Jesus crucificado, os Evangelhos não registam as presenças dos seus outros filhos, Tiago, José, Simão e Judas, nem das filhas. Por isso, Jesus não lhes pôde entregar a mãe aos seus cuidados. 
                Com as Suas últimas forças humanas, Jesus teve que lançar mão de um discípulo, cuja identidade não conhecemos, embora a tradição aponte para João, autor do Quarto Evangelho.
Mesmo na maior agonia, Jesus agiu como um filho que amava (e amava mesmo) a Sua mãe. Jesus preocupou-Se, embora estivesse numa situação em que Ele é que deveria ser alvo de preocupação.
                E aqui também Jesus nos ensina: os filhos devem cuidar dos seus pais, especialmente das mães, geralmente mais dependentes economicamente do que os pais.
                Aqui, Jesus também nos ensina que a honra aos pais (e mães) é prática tão necessária, que há uma promessa para este mandamento.
                Pais e esposos, filhos, digam às mães: “Muito obrigado” Digam quão gratos estão por tudo o que elas fazem em casa pela família. Dizer hoje e fazê-lo com mais regularidade. Agradeçam a Deus pela vida da vossa mãe! (Provérbios 31:10,28-30).
                Por isso, como Jesus amou a Sua mãe terrena, a mãe que foi escolhida para nascer neste mundo, também devemos amar as nossas mães, seguindo o exemplo de Jesus.
II. Algumas maneiras de amarmos as nossas mães
1. Ama-a verbalmente. 
                    Diz-lhe sinceramente, e do fundo do teu coração, as palavras: "Mãe, eu amo-te! "
 
2. Ama-a com os seus beijos, abraços e sorrisos (fisicamente)
                    Quando foi a última vez que lhe deste um grande abraço sem ela o ter pedido? Ou um beijo carinhoso, ou uma massagem no pescoço, ou apenas te sentaste no sofá e a escutaste com toda a atenção só para ela? 
                    A tua mãe terá sido a primeira pessoa que te tocou quando nasceste. Ela carregou-te no seu ventre por muitos meses. Ela cuidou de ti quando eras um bebé indefeso, pequenino, deu-te de mamar. Ela era tudo para ti e em amor. Eras o seu diamante.
 
3. Ama-a pacientemente
                    As mães têm um trabalho incrível e sem nenhum salário. Nenhuma posição no mundo dos negócios se compara ao compromisso físico, emocional e espiritual que a mãe tem para com os seus filhos. Por isso, à medida que as mães envelhecem, merecem mais respeito e paciência.
 
4. Ama-a com toda a atenção
                     As mães escutam enquanto os seus filhos derramam as suas preocupações e lhes abrem os seus corações no que respeita à vida. E isto quando os filhos são pequenos e mesmo quando já adultos. Ela procurará estar sempre ao teu lado. Por isso, filho, é a tua vez de a amar com toda a atenção do mundo. 
 
5. Ama-a com a tua gratidão
                    Pensa em quanto deves à tua mãe? O que serias sem ela? Pensa no amor que te concedeu dia a dia. Então, retribui com o teu amor grato: “Obrigado, mãe!”


6. Ama-a generosamente
                     Não há nada bom demais para ela que pudesse reembolsá-la por tudo o que ela foi como mãe. Ela não foi mãe para receber um pagamento. Mas merece o nosso generoso amor de filhos. Quantos sacrifícios fez a nossa mãe por nós? Muitos nem são do nosso conhecimento. Muitos já nem ela se lembra. As mães dariam as suas vidas pelos seus filhos. Elas desistiram de oportunidades para elas a fim de as darem aos seus filhos. Por isso, os filhos também as devem amar com toda a generosidade. 


7. Ama-a com honra
                     Êxodo 20: 12 manda: Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.
                    Este é um mandamento precioso que deve estar sempre nas nossas mentes e corações para o fazermos. Sempre e enquanto as nossas mães viverem. Deus honra os nossos pais e mães e ordena que o façamos, que os honremos.


            Conclusão
                    Senhor, ajuda-nos a nunca estarmos ocupados demais para com as nossas mães que estão entre nós. Recordemos com carinho e gratidão as mães que já partiram deste mundo.
 
                    Sem qualquer dúvida que o Senhor Jesus Cristo é o nosso Supremo exemplo em todas as coisas e áreas da nossa vida. E Ele foi esse exemplo até ao fim da Sua vida terrena: "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé..." (Hebreus 12:2).
                     Se o Senhor Jesus teve tempo e grande esforço para a Sua mãe quando já estava cravado na cruz, quase a morrer, que o Senhor nos ajude a amarmos também a nossa mãe enquanto ela estiver aqui na nossa vida.
 
       Rui Simão
Pastor na Igreja Evangélica Baptista de Moreira da Maia
A HISTÓRIA DO DIA DAS MÃES

Durante o séc. XVII, 40 dias antes da Páscoa, a Inglaterra celebrava o Domingo da Mãe, pretendendo homenagear todas as mães inglesas. Nesse Domingo, os servos que trabalhavam longe de casa eram encorajados a regressar a casa e a passarem esse dia com a sua mãe.
           
Mas, a razão e a idealizadora da criação de um Dia da Mãe partiu de uma crente chamada Anna Jarvis que, em 1904, quando a sua mãe morreu, chamou a atenção da sua igreja para um dia especialmente dedicado a todas as mães.

Três anos depois, em 12 de Maio de 1907, foi celebrado o primeiro Dia das Mães, tendo sido usados cravos encarnados para as mães ainda vivas e brancos para as já desaparecidas.

Ao longo dos anos que viveu, Anna Jarvis enviou mais de 10.000 cravos para a sua igreja, simbolizando a pureza, a força e a resistência das mães. Segundo ela, o objectivo deste dia é termos um pensamento mais activo sobre as nossas mães, através de palavras, presentes, actos de afecto e, de todas as maneiras possíveis, proporcionar-lhes prazer e felicidade ao seu coração.

            Face à aceitação geral, a Sra Jarvis e seus apoiantes começaram a escrever a pessoas influentes e a políticos com o intuito de estabelecer oficialmente este dia.

            Em 8 de Maio de 1914, foi aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos da América o segundo domingo de Maio como o Dia das Mães. No âmbito desta resolução, o Presidente dos Estados Unidos, Thomas Woodrow Wilson, proclamou que no Dia das Mães os edifícios públicos devem ser decorados com bandeiras.

 Assim, em 9 de Maio de 1914, foi celebrado pela primeira vez o Dia das Mães, no segundo domingo de Maio.

Em Portugal, este dia foi primeiramente celebrado a 8 de Dezembro, passando depois para o 1.º Domingo de Maio em homenagem a Maria, Mãe de Cristo, não tendo nada a ver com a verdadeira e original razão da existência deste dia

Contudo, nós, cristãos evangélicos e baptistas, celebramo-lo como ele foi originalmente intencionado, não a Maria nem no 1º domingo de Maio, mas no 2.º Domingo de Maio, e em honra das nossas queridas mães – o Dia das Mães.